Oh Itália louca duma gente sumida

Oh Itália louca duma gente sumida,
amigos que se encontravam na rua,
moças de frescas e belas pernas, oh bela raça
que me fazia viver no seu falar,
aves que por cirna de nós namoravam,
canções no sol entre bicicletas e eléctricos :
agora estou só e escuto a memória
que vem do dolorar da cidade,
e dentro cultivo, antiga, a paciência,
falo com as plantas e o céu está sobre mim,
leve como aquele ventar dum gavião
que de longe a fome leva à vida.